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1.
Rio de Janeiro; s.n; 2022. 93 f p. tab, graf.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-1391267

RESUMO

A avaliação do consumo alimentar da população brasileira é uma preocupação de longa data. Os primeiros dados de amplitude nacional sobre alimentação dos brasileiros foram publicados a partir do Estudo Nacional de Despesa Familiar (ENDEF) entre 1974-1975. Por serem baseados na pesagem dos alimentos consumidos nos domicílios durante uma semana, os dados retratavam o consumo do domicílio, ou seja, não captavam o consumo individual. A partir de então, os dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) vem sendo usados para a avaliação da alimentação no Brasil. As primeiras POF realizadas em 1987-1988, 1995-1996 e em 2002-2003, permitiam estimar o consumo a partir da aquisição domiciliar de alimentos no período de uma semana. Ou seja, somente os alimentos que foram adquiridos e que passaram pelo domicílio são analisados. Os dados das refeições realizadas fora do domicílio não são considerados, portanto, não permitem avaliar o consumo individual em sua totalidade. A fim de solucionar essa limitação, as duas últimas POF realizadas em 2008-2009 e 2017-2018, adicionaram informações do consumo alimentar individual em uma subamostra da pesquisa. Esses dados permitem fazer avaliações a nível individual, caracterizando melhor o consumo de alimentos por sexo, faixa etária, e outras variáveis sociodemográficas. Esta tese apresenta as etapas de desenvolvimento do bloco de consumo alimentar pessoal da POF de 2017-2018, aqui referido como Inquérito Nacional de Alimentação (INA) , realizado pelo IBGE. O objetivo deste trabalho é documentar o processo de desenvolvimento dos instrumentos, da base de dados e de adequações para comparações temporais do INA 2017-2018 com o INA 2008-2009, bem como apresentar os alimentos mais frequentemente consumidos nos dois inquéritos e a evolução do consumo na última década. Para o INA 2017-2018, foram coletados dois recordatórios de 24 horas em dias não consecutivos de 46.164 indivíduos com 10 anos ou mais de idade, representando uma subamostra de 34,7% da amostra geral da POF. Todas as alterações metodológicas sofridas de um inquérito para o outro, como: mudança do instrumento de coleta e da tabela de composição dos alimentos, atualização da base de dados, adições de novas variáveis como itens de adição e ocasiões de consumo estão descritas neste trabalho. As mudanças na coleta de dados aprimoraram o instrumento que apresentou menor sub-relato no inquérito mais recente. A mudança na tabela de composição para a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos (TBCA), em reanálise dos dados de 2008-2009 representou mudanças de estimativas de energia, macronutrientes e minerais menores do que 15%, com exceção das gorduras trans e selênio, com médias 40% e 52% menores na TBCA.Na comparação dos dois inquéritos constatou-se que embora a população brasileira permaneça comendo arroz, feijão, café, pão, carne bovina e legumes como os seis principais itens da alimentação, houve redução na frequência do consumo de arroz, feijão, carne bovina, pães, frutas, laticínios, carnes processadas e refrigerantes e aumento no consumo de sanduíches, independente de sexo, idade e renda. As duas maiores mudanças foram relativas à redução do feijão e aumento de sanduíches, que apresentou estimativa de mais de 4 vezes mais chance de aumento nas brasileiras idosas. Ainda, a tendência de aumento do consumo de sanduíches foi três vezes maior no menor quartil de renda comparado ao maior. Tendência positiva foi a redução de refrigerantes em todas as classes de renda. As mudanças observadas na alimentação do brasileiro nesse período de 10 anos são consistentes com a política de redução de bebidas adoçadas e com a redução da renda familiar no período. Os resultados sinalizam piora na alimentação do brasileiro.


The evaluation of the food consumption of the Brazilian population is a long-standing concern. The first comprehensive data on the diet of Brazilians were those from the National Study of Family Expenditure (ENDEF) between 1974-1975. The survey captures the data of one week family consumption, using weighing method. Since then, data from the Family Budget Survey (POF) have been used to assess diet in Brazil. The first POF was carried out in1987-1988, followed by 1995-1996 and 2002-2003. Estimation of consumption is based on household purchases in a period of one week. Thus, meals eaten away from home are not considered, and therefore, do not allow the assessment of individual consumption.. In order to solve this limitation, the last two POF carried out in 2008-2009 and 2017-2018included a new block of data that collected information from individual food consumption in a subsample of the survey. These data allow making individual-level estimates, characterizing food consumption by sex, age group, and other sociodemographic variables. Development and analytical strategies of the 2017-2018 National Dietary Survey (NDS) included in the Family Budget Survey is shown in this thesis. Thus, the objective of this work is to document the process of selection and adaptation of the instruments, the food database for energy and nutrient analysis and the necessary harmonization with previous NDS of 2008-2009. Also, the foods most frequently consumed in the two surveys and the evolution of the consumption in the last decade was analyzed. For NDS 2017-2018, two 24-hour recalls were collected on non-consecutive days of 46,164 with 10 years of age or older, representing a subsample of 34.7% of the general POF. All methodological changes from one survey to the other, such as: instrument to collect data, food composition databases, new variables added are presented. In addition, results of change in the foods most frequently consumed by the population is presented. Changes in data collection improved the instrument that had the lowest underreporting in the most recent survey. The change in the composition table for Brazilian Food Composition Table (TBCA), in reanalysis of the 2008-2009 data, showed changes in energy, macronutrient and mineral estimates of less than 15%, with the exception of trans fats and selenium, with average changes of 40% and 52% lower in the TBCA. Comparing the two surveys, it was found that although the results show that the Brazilian population continues to eat rice, beans, coffee, bread, beef and vegetables as the six main food items, there was a reduction in the frequency of consumption of rice, beans, beef, breads, fruits, dairy products, processed meats and soft drinks and an increase in the consumption of sandwiches, regardless of gender, age and income. The two biggest changes were related to the reduction of beans and the increase of sandwiches, which was estimated to be more than 4 times more likely to increase in elderly Brazilians. A positive trend was the reduction of soft drinks in all income classes. The changes observed in the diet of Brazilians in this 10-year period are consistent with the policy of reducing sweetened beverages and with the reduction of family income in the period. The results indicate a worsening in the Brazilian diet.


Assuntos
Tabela de Composição de Alimentos , Inquéritos Epidemiológicos , Ingestão de Alimentos , Brasil , Inquéritos Nutricionais
2.
Cad. saúde colet., (Rio J.) ; 28(1): 24-33, jan.-mar. 2020. tab
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1098153

RESUMO

Abstract Background Changes in eating habits may be associated with sedentary behaviors by favoring excessive weight gain among adolescents, and consequently leading to the occurrence of chronic Non-Communicable Diseases (NCD). Objective To evaluate the association between screen time and consumption of healthy and unhealthy food markers in adolescents. Method A longitudinal study with adolescents aged from 10-16 years of public schools in Niterói, in the state of Rio de Janeiro/Brazil was performed in 2014. It was applied a questionnaire about screen time, food consumption frequency and socio-demographic variables. Generalized linear models were applied with p-value <0.05. Results 448 students participated in the study, 54.8% were male, and 67% were in the category of ≥5 hours/day of total screen time and 69% in the ≤4 hours/day of television time (TV time). It was not observed an association between total screen time and food intake variations. However, an inverse association was observed between TV time and vegetable consumption (p-value = 0.02). Conclusion It was not observed an association between total screen time and food intake variations. Nevertheless, it was verified that time spent watching television was associated with consumption of vegetables. Thus, it is suggested that the reduction of the time spent in sedentary activities and healthy food choices are priorities in the elaboration of public policies.


Resumo Introdução Alterações nos hábitos alimentares associadas a comportamentos sedentários favorecem o ganho excessivo de peso entre os adolescentes, consequentemente podendo levar à ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis. Objetivo Avaliar a associação entre tempo de exposição à tela e consumo de alimentos marcadores de alimentação saudável e não-saudável de adolescentes. Método Realizou-se um estudo longitudinal com adolescentes de 10-16 anos de escolas públicas de Niterói, Rio de Janeiro/Brasil, em 2014. Foram aplicados questionários com questões sobre tempo de exposição à tela, frequência do consumo alimentar e variáveis sóciodemográficas. Modelos lineares generalizados foram aplicados, com p-valor <0,05. Resultados Participaram do estudo 448 alunos, 54,8% do sexo masculino e 67% encontravam-se na categoria de ≥5 horas/dia de tempo de tela total e 69% na de ≤4 horas/dia de tempo de TV. Não foi observada associação entre tempo de exposição à tela total e a variação do consumo alimentar. Foi observada uma associação inversa entre o tempo de TV e o consumo de hortaliças (p-valor=0,02). Conclusão Não foi observada associação entre tempo de exposição à tela total e a variação do consumo alimentar. O tempo assistindo televisão foi associado ao consumo de hortaliças. Sugere-se que a redução do tempo gasto em atividades sedentárias e escolhas alimentares saudáveis sejam prioridades na elaboração de políticas públicas.

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